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Na segunda postagem do Jossa Blog, apresentei os objetivos deste: exaltar o conhecido da música brasileira e divulgar o desconhecido. Hoje, parece-me que a primeira parte vem sendo cumprida tranquilamente. Todavia, algo me chama a atenção: aparentemente, a segunda parte não segue o mesmo ritmo. De acordo com os contadores de downloads, Casa de brinquedos e Construção possuem aproximadamente dez vezes mais acessos do que Em Som Maior ou Onze sambas e uma capoeira.
Na segunda postagem do Jossa Blog, apresentei os objetivos deste: exaltar o conhecido da música brasileira e divulgar o desconhecido. Hoje, parece-me que a primeira parte vem sendo cumprida tranquilamente. Todavia, algo me chama a atenção: aparentemente, a segunda parte não segue o mesmo ritmo. De acordo com os contadores de downloads, Casa de brinquedos e Construção possuem aproximadamente dez vezes mais acessos do que Em Som Maior ou Onze sambas e uma capoeira.
Não quero condenar ninguém com tal colocação. Acredito que cada um deve seguir sua vontade; se não estiver disposto a conhecer outros artistas, outros ritmos, não há motivos para fazer isso. Afinal, penso que dá mais prazer expandir conhecimentos musicais por livre e espontânea vontade.
No entanto, coloco tal questão porque há algo nesse fato que eu não compreendo muito bem. Nessa história, parece haver uma resistência contra o desconhecido, mesmo sabendo que o desconhecido não implica em mediocridade. Na verdade, muitos são os trabalhos medíocres (ou ruins mesmo) que conseguem fama internacional e muitos são os trabalhos excelentes que caem no esquecimento.
Tomemos alguns casos particulares (utilizando os álbuns e artistas já apresentados) para melhor explicar a questão. O que seria o samba paulista sem Paulo Vanzolini? O que seria de Hermeto Pascoal e Airto Moreira sem formarem o Sambrasa Trio no início de suas carreiras? E o samba-jazz sem Manfredo Fest? Todas estas obras têm, sem dúvida, papel fundamental na história da música brasileira. Mas, por que foram esquecidas? E mais... Por que, mesmo após várias recomendações, poucos se interessam em conhecer tais obras? Por que poucos têm interesse de conhecer as raízes da música brasileira e a maioria prefere continuar ouvindo o mesmo de sempre?
Bem... Acho que não estou conseguindo me expressar muito bem hoje. De fato, tenho uma série de trabalhos a fazer para a faculdade e nem estou com muito tempo para aperfeiçoar este texto. Também não sei se esta questão é realmente importante. Enfim, talvez o melhor que eu faço seja deixar mais um álbum para download e acabar o que tenho para fazer. Outro dia eu retomo esta questão. Apresento, assim, Impacto, de Hector Costita Sexteto.
Considerado um dos maiores saxofonistas e flautistas da década de 60, do período do samba-jazz, Hector Costita nasceu na Argentina, mas desenvolveu seus talentos musicais no Brasil. Tamanha é sua competência que foi convidado a tocar com os principais artistas da época: Manfredo Fest, Sergio Mendes, Elis Regina, Wilson Simonal e muitos outros.
Impacto é talvez a sua principal obra solo. Lançado em 1964, o disco inclui grandes sucessos do jazz internacional e da bossa nova brasileira. Também apresenta composições o próprio saxofonista. Tudo em arranjos que misturam samba e jazz, justificando os frequentes convites para acompanhar outros artistas.
Destaco a regravação de 'Tokio', originalmente composta por Horace Silver, e da bossa nova 'Insensatez', de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Além dessas, recomendo as composições do próprio Costita: 'Impacto', 'Tanganica' e 'Gabriela'. Esta última, primeira composição do saxofonista, recomendo acima de todas as demais.
Por fim, deixo um conselho a todos os seguidores do Jossa Blog (acredito que este seria mais útil aos não seguidores, mas fica difícil falar com estes): baixem as obras desconhecidas! Garanto-lhes que não se arrependerão. Quer dizer, tal se arrependam uma vez ou outra, mas as boas descobertas compensarão tais ocasiões...
...Download: Sharebee ou MediaFire
Ficha Técnica: Impacto (1964)
Mais informações: Hector Costita
Teu blog tá legal cara. O Hector é genial. Roubei teu link e citei a fonte no Contra-argumento. Dá uma olhada lá.
ResponderExcluirAbração1
Obrigadoooo pelo belo cd. D++++,[:)]
ResponderExcluirSem problemas, Pierre! Valeu pela propaganda no teu blog. Rsrs.
ResponderExcluirJaci, eu que agradeço pela sua visita.
Abraços!
Muchisimas gracias, muy muy lindo
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